domingo, 3 de fevereiro de 2008

Critica I


Críticas, análises e comentários ao livro: “Os cílios maternos”, de João Rasteiro (Palimage, 2005):


Muito lhe agradeço a oferta do livro Os Cílios Maternos (…)Vou ler tudo. Parece-me um belo livro. Como exclamava o outro: “E eu que ainda não li todos os gregos!”.

Herberto Hélder – Poeta e ficcionista português

Muito obrigado pelo exemplar do seu livro que teve a amabilidade de me enviar. Ao agradecimento, gostaria de juntar palavras de felicitação pela alta qualidade da obra No essencial, partilho a perspectiva de Carlos Felipe Moisés, atentíssimo a esse fluxo contraditório que promove o reencontro dos dois aspectos da nossa realidade mais íntima, mas também da linguagem: a razão e o instinto ou a mente e a emoção. Creio que o título do livro descreve bem, em miniatura, todo o movimento dos poemas (ou do poema), que no fundo procuram as fontes da chama lalangue,a língua maternal nas nossas profundezas como um rio sob as rochas.

Luís Adriano Carlos – Poeta e Ensaísta português

Recebi o teu Os cílios maternos e irei ler com a demora que a boa poesia exige. Já pude perceber como evoluíste. Há no livro poemas bem arquitectados, máquinas de linguagem. A capa, confesso, não me agradou, mas o conteúdo, que é o que realmente importa, parece-me magnífico. Certamente logo estarás entre os grandes líricos da nova geração de poeta portugueses.

Andityas Soares de Moura – Poeta, Tradutor e Ensaísta Brasileiro

Grato pelo seu livro Os cílios maternos. A sua poesia aparece agora mais depurada e há versos emblemáticos e lindíssimos. Toco este com as mãos: De carícia em carícia o tronco original. Um belo livro.

Casimiro de Brito – Poeta, Escritor e Ensaísta. Presidente do PEN C.P.

Gracias por tu poesia, por la intensidade y los símbolos tan ricos que contiene. As veces, unos poços versos, um poema breve, como los tuyos, revelan sin más al poeta verdadero. Me acomparán en los próximos dias.

Antonio Colinas – Poeta, Tradutor e Ensaísta Espanhol.

Recebi e li este belo livro que me enviou. Uma poesia de absoluta qualidade. Há um grande salto dos primeiros poemas até este novo livro. Encantou-me. Um abraço poético.

Álvaro Alves de Faria – Poeta, Escritor e Ensaísta Brasileiro.

Agradeço-lhe muito o envio de Os Cílios Maternos. Estou a lê-lo com o maior interesse e não quero deixar de o felicitar pela interessante poesia que escreveu.

Fernando Guimarães – Poeta e Ensaísta Português.

Constituíram uma agradável surpresa estes “Cílios Maternos”, que a sua generosidade me fez chegar (…) nos seus poemas há, a par de uma evidente modernidade de dicção, um recorte a que, à falta de melhor termo, eu chamaria clássico, visível na tendência para uma certa isometria e na propensão para o vocabulário selecto. Muitos parabéns.

Albano Martins – Poeta, Ensaísta e Tradutor Português

O novo livro de João Rasteiro tem como tema central a própria poesia, enquanto linguagem fundante, que se destrói e se refaz a cada tentativa de atenuar a desumanidade que espreita a criatura humana, neste nosso “tempo de penúria”.

Carlos Felipe Moisés – Poeta, Ensaísta e Tradutor Brasileiro

Apenas duas palavras para lhe agradecer “Os Cílios Maternos”, que li com o prazer que o texto indubitavelmente convoca. O poema, como me parece dever ser considerado o sintagma global, evoca subtilíssimas sugestões eróticas que a polissemia da palavra tanto pode remeter para os “Cílios” primordiais da Natureza fecunda (“os favos de mel da idade inicial”) como para o mais íntimo do corpo. Aliás há neste canto cósmico e polifónico a ocorrência obsessiva e funcional de elementos do corpo (“corpo é o nome atravessado”), de modo a deixar marcas imprecisas na totalidade do corpus textual. Muitos parabéns, portanto.

Manuel Simões – Poeta e Ensaísta Português

Estava ansioso por ver o teu livro(…)Estamos juntos e fiquei orgulhoso. Os Cílios Maternos é rico de imagens, com curtas reflexões, mas com distâncias e tempos de boa meditação que diria até filosófica(…)A tua ideia de corpo, define-se por essências que nenhum material ou construção de gesto encontram em estojo ou regra para conter-nos em simples emoção, porque algo por ali se inaugura e abre caminho. Quem leu ficou “de carícia em carícia o tronco original”.

Fernando Lemos – Pintor, Fotógrafo e Poeta Português

Muito obrigado pelos seus cuidados(…)pelas palavras que inscreveu no seu “Os Cílios Maternos”(…)sendo um autor que verdadeiramente admiro. Para já, fica-me a sensação clara de que o João Rasteiro se está a libertar cada vez mais do supérfluo, inscrevendo em cada palavra um aceso foco problemático de grandes potencialidades poéticas. Torna-se às vezes um tanto difícil, como se a sua escrita se aventurasse um pouco mais de livro para livro, no túnel conceptual do nosso entendimento – porque afinal, como diz (e muito bem, e belamente), “ o sonho é o sonho da ausência”. Poesia de retorno à palavra nua, incandescente, à memória transfigurada(…)Parabéns.

Nuno de Figueiredo – Poeta e Ficcionista Português

Caríssimo, livro recebido e para fruir com calma e silêncio por dentro da noite como a boa poesia exige e merece. Grande abraço e parabéns pelo teu belo “Os Cílios Maternos”.

Luís Carlos Patraquim – Poeta e Guionista Moçambicano

Fiz uma primeira leitura e gostei, mas farei outras, pois há dois ou três poemas em que fiquei a pensar. Mais uma vez obrigado por este livro Os Cílios Maternos e parabéns.

Eduardo Pitta – Poeta, Crítico literário e Ensaísta Português

Recebi Os Cílios Maternos, agradeço e vou ler com calma e atenção assim que um tempo o permita. Numa primeira e rápida leitura, o apetite para o ler fica alvoroçado. Parabéns pela tua poesia.

Ana Paula Tavares – Poeta, Ficcionista e Ensaísta Angolana

Estou de acordo com o autor do posfácio quando refere o ímpeto fogoso, verdadeiro magma verbal [desta poesia](…) tem a poesia de J. R. alguma coisa a ver ou não com o surrealismo? Para mim, é óbvio que tem. Para além destes recursos de que se vale a poesia de João Rasteiro, refira-se ainda o emprego das palavras raras, tão do gosto dos simbolistas e do nosso Eugénio de Castro, em particular. Acrescente-se ainda a estes considerandos uma sinestesia: o sabor do peso de um som inicial onde se podem detectar, porventura, algumas reminiscências do Carlos de Oliveira de Micropaisagem. Cílios, palavra que figura no título acrescida do adjectivo maternos, fornecem, na opinião de Carlos Felipe Moisés, a matriz da métaphore obsédante (Mauron)(…)Cílios constitui o operador da purificação na sua qualidade de filtro e opõe-se, numa dialéctica da condição humana, ao apelo dos sentidos. O adjectivo nada mais faz do que reforçar esta acção de catarse subliminar, quer maternos se refira à mãe ou à terra ou à água, pois que é sempre uma alusão à receptiva feminilidade(…)É um livro onde se assumem os contrários de uma forma que me parece óbvia.(…) esta obra tem já a maturidade que o futuro afinará.

Luís Serrano – Poeta, Crítico literário e Tradutor Português

João Rasteiro demonstra na sua poesia que a pronúncia duma palavra nunca é um acto neutral, mas um acto politico, mesmo corporal. As partes do corpo humano encontram as suas semelhanças projectadas na natureza, em pedra, nas árvores: as palavras chegam a ser a carne, a fronteira entre a cultura, das pessoas e da natureza, desaparecem. O mundo inclui tudo, é um todo, na sua unidade inseparável onde não há o tempo anterior ou próximo, só a verticalidade parada.
Rita Dahl - poeta, ensaísta e tradutora Finlandesa(2007)

Quindi tocca a João Rasteiro, poeta portoghese di Coimbra che il primo giorno si era presentato a me a Cristina dicendo di collaborare con una rivista siciliana; lì per lì non l’avevo molto considerato ma la sua lettura mi colpisce in positivo, ha un suo stile, contaminazioni tra classicismo e avanguardia, ritmo e sfumature performative.

Alessandro Seri – Poeta, ensaísta e agente cultural Italiano (2007)

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